Desde o início da pandemia, todos nós acompanhamos mudanças significativas no estilo de vida das pessoas.
Com o isolamento social e o avanço da Covid-19, a população passou a ficar mais tempo em casa, além de dar mais importância à saúde e aos hábitos saudáveis.
Essas transformações impactam diretamente em diversos segmentos de empresas, principalmente na indústria de alimentos no Brasil e no mundo.
Para acompanhar esse fenômeno, os empreendedores devem ficar atentos às novas tendências e comportamentos de consumo, que serão assunto deste artigo. Acompanhe!
Alimentação saudável
Antes mesmo da pandemia, a alimentação saudável já era uma tendência e, para o próximo ano, o consumidor continuará atento à saúde do corpo e da mente.
Segundo pesquisas da Mintel, no Brasil, 51% das pessoas já têm priorizado uma alimentação balanceada.
A nível mundial, 70% dos consumidores estão mudando sua dieta para prevenir doenças, como obesidade, diabetes e colesterol, conforme dados da rede de supermercados Sainsbury’s.
Além disso, um artigo da Nielsen, constatou que 79% dos consumidores priorizam alimentos naturais e 70% priorizam alimentos com menor teor de açúcar.
Aproveite para conferir: Revenda de Produtos Naturais: Como Começar e Fornecedores
E-food
Os modelos de delivery e take away já são considerados o novo normal e tiveram um crescimento de 149% na pandemia.
Para o próximo ano, a tendência é que continuem em alta. Além disso, a digitalização também influencia em outros aspectos da indústria de alimentos no Brasil, como:
- venda de produtos pela internet;
- delivery de produtos práticos, como comidas congeladas e pré-prontas;
- supermercados online;
- rastreamento de cadeia de suprimentos (origem dos alimentos);
- uso das redes sociais para criar proximidade com o consumidor.
Lembre-se que os consumidores estão interessados em conhecer a origem dos alimentos que consomem. Fornecer essas informações claras aos clientes ajuda na fidelização!
Beleza de dentro para fora
O mercado de beleza é uma das categorias de maior e mais rápido crescimento no mundo todo e há uma ligação entre a dieta e a beleza da pele, cabelos e unhas.
Por essa razão, os consumidores estão selecionando melhor o que consomem para promover a beleza de dentro para fora.
Estão em alta alimentos antioxidantes, como o chá verde e a pasta de amendoim, suplementos vitamínicos, como a vitamina C, colágeno, produtos com selênio, como a castanha do pará, entre outros.
Desperdício zero
Também chamada de zero waste, essa filosofia tem como foco o consumo sustentável e também ganhou mais força na pandemia.
Estará em alta, por exemplo, lojas que não usam embalagens ou optam por embalagens recicláveis, aplicativos de compartilhamento de comida, logística reversa, etc.
É importante acompanhar essa tendência na indústria de alimentos no Brasil, pois a população está mais consciente quanto aos impactos no planeta.
Para isso, uma dica é contar com a tecnologia para realizar um bom gerenciamento de estoque e evitar desperdícios.
Ritmo da natureza
As pessoas estão cada vez mais preocupadas com seu bem-estar, além de buscar maior harmonia com a natureza. Por isso, tem uma abordagem mais proativa quando o assunto é a sua saúde.
Neste quesito, dois aspectos principais entram em foco:
- saúde digestiva: maior consumo de laticínios, proteínas e outros produtos que contribuem para o bom funcionamento do intestino;
- imunidade: consumo de suplementos e alimentos ricos em vitaminas C, como frutas cítricas, para fortalecer o sistema imunológico.
Para acompanhar essa tendência da indústria de alimentos no Brasil, você pode focar no comércio de alimentos naturais, alimentos e bebidas funcionais, suplementos vitamínicos e proteínas.
Produtos vegetarianos e veganos
As dietas vegetarianas e veganas se tornaram mais populares durante a pandemia. Portanto, pratos e produtos plant-based serão ainda mais procurados pelos consumidores.
A tendência, agora, é usar os alimentos de origem vegetal como ingrediente principal dos pratos, pois a expectativa é que os produtos vegetarianos se tornem cada vez mais comuns na indústria de alimentos, assim como na gastronomia.
Sobremesas sem açúcar
A redução do consumo de açúcar está entre as prioridades de quem procura seguir uma alimentação mais saudável, e a indústria de alimentos no Brasil precisa buscar alternativas para atender a essa mudança de comportamento.
Adoçantes naturais, como stévia, são alternativas que já estão presentes na rotina de muitas pessoas.
Por isso, considere preparar sobremesas que não levam açúcar ou comercializar produtos com essa característica.
As pastas de amendoim e de castanhas da Naked Nuts, por exemplo, além de serem zero açúcar, não possuem glúten e nem conservantes. São produtos naturais feitos com poucos ingredientes, o que se adequa aos novos hábitos dos consumidores.
Além disso, há opções veganas e proteicas, o que também atende às novas tendências da indústria alimentícia.
Principais perguntas sobre indústria de alimentos no Brasil
Agora que já conhece as principais tendências para a indústria de alimentos no Brasil em 2022, é hora de tirar suas dúvidas sobre o segmento para conhecê-lo ainda melhor:
Quais são os tipos de indústrias de alimentos?
Basicamente, existem quatro principais tipos de indústrias neste segmento:
- indústrias que preparam alimentos frescos, também chamado de in natura;
- indústrias de conserva, que produzem transformam alimentos frescos em produtos que podem ficar mais tempo na prateleira;
- indústrias que fabricam produtos destinados ao preparo de pratos, como sal e temperos;
- empresas que fabricam produtos prontos para consumo depois de aquecidos, como alimentos congelados.
Qual o tamanho do mercado de alimentos no Brasil?
Em 2020, o faturamento da indústria de alimentos atingiu R$ 789,2 bilhões, somadas as vendas no mercado interno e externo. Esse valor representa 10,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Em comparação com o ano anterior, o crescimento foi de 1,8%. Ou seja, mesmo em meio a crise econômica ocasionada pela pandemia, o setor conseguiu progredir.
Além disso, o setor gera 1,68 milhão de empregos formais e diretos!
Quais os setores das indústrias de alimentos no Brasil?
Além de existir diferentes tipos de indústrias de alimentos, ainda há uma diversidade de nichos que compõem todo o setor. São eles:
- comércio varejista de produtos alimentícios e bebidas;
- comércio atacadista;
- restaurantes;
- buffets;
- produção de lavouras;
- agropecuária;
- horticultura;
- etc.
O setor é tão amplo que ainda é possível dividi-lo por tipos de comércio. Este é o caso dos e-commerces e comércios especializados, que são aqueles focados em nichos específicos, como lojas de produtos naturais, suplementos esportivos, etc.
Conclusão
Como vimos, a indústria de alimentos no Brasil consegue movimentar bilhões de reais todos os anos e é um dos setores que conseguiu crescer, mesmo em meio à pandemia.
Com o isolamento social e o avanço da Covid-19, o setor passou por diversas transformações, ocasionadas pelas mudanças de hábitos dos consumidores. Vale a pena se atentar às tendências para sair na frente dos seus concorrentes.
