Avelã, amendoim e castanhas em geral

Você ouve a galera falando sobre “nuts” por aí, mas nunca sabe o que eles querem dizer? Ou não sabe quais alimentos fazem parte dessa categoria?

Neste artigo, vamos falar mais sobre essa categoria de alimentos e ajudá-los a inserir cada um na sua alimentação, assim como o que são “nuts”. Se liga no que vem a seguir!

O que são “Nuts”?

“Nuts” é a palavra em inglês para nozes (e não estamos falando apenas daquelas comumente associadas a esquilos nos filmes americanos). Elas são descritas, conforme a U.S. Forest Service (organização membro da USDA), como:

  • frutas secas;
  • uma única semente;
  • alto conteúdo de óleo
  • formadas, normalmente, por uma camada mais rígida em seu exterior, como uma avelã ou bolota, por exemplo.

Diferente do que muitos pensam, as amêndoas e os amendoins não podem ser considerados “nuts”, por não atingirem os pré-requisitos botânicos para isso, mesmo que sejam muito parecidas com os membros do grupo, nutricionalmente falando.

Como diferenciar “Nuts” de Nuts?

É só falar de Nuts que todo mundo já imagina o amendoim, a castanha de caju e outros tipos comumente encontrados aqui no Brasil e consumidos como aperitivos naquele almoço de domingo com visitas em casa.

No entanto, o amendoim, como dissemos, não é uma “nut”, só que você sabia ou imaginava que a Castanha de Caju também não é?

Surpreendente? Com certeza! Por isso, trouxemos 3 tipos de alimentos que costumam ser confundidos pela galera ou realmente são “nuts”. 

Quer saber mais? Então se liga:

Castanha de Caju

A castanha de caju é originária do Brasil, mas hoje acaba sendo cultivada em outros locais, como na África, sendo, normalmente, do mesmo formato que um feijão, porém um pouco maior.

Com a permanência de uma superfície mais sólida, sendo uma oleaginosa (grupo de alimentos com propriedades funcionais, formado por sementes comestíveis e com altíssimo conteúdo de óleo em sua composição), a castanha de caju não se enquadra como uma “nut”, conforme alguns autores e estudiosos da área.

Isso porque, diferentemente de uma noz, ela tem o que é conhecido comumente como um caroço e seguida de um falso fruto.

O que consumimos é a semente dentro do seu caroço, enquanto numa avelã, por exemplo, apenas retiramos uma fina e rígida camada para consumi-la.

Castanha do Pará

Segundo pesquisadores, a Castanha do Pará também não se encontra no quadro das nozes, sendo essencialmente uma semente de um fruto denominado “ouriço”, proveniente da castanheira do Pará, uma das árvores mais altas da Amazônia. 

Suas propriedades nutricionais são incríveis, sendo parte do grupo das oleaginosas, com maior conteúdo gorduroso e diversificado para sua parente próxima, a castanha do Brasil.

Em uma unidade da sua castanha, existem quantidades suficientes de selênio, um mineral importante envolvido no sistema antioxidante do nosso organismo.

Pistache

O pistache é uma semente de “drupa”, assim como a castanha do Pará e as amêndoas, por exemplo. Essa categoria de sementes é revestida por um conteúdo “carnoso” de fruta, ao invés de apenas conter uma face sólida, como no caso de uma bolota.

Dessa forma, sua história já data de milhares de anos, com possível primeiro cultivo há cerca de 6 mil anos a.C., com aparições pelo sudeste do Irã e no atual Afeganistão.

Benefícios dos Nuts para a saúde

Os Nuts são caracterizados por terem um rico conteúdo oleoso, o que, necessariamente, não é algo ruim, mas muito pelo contrário, pode aumentar a riqueza dos seus nutrientes e proporcionar uma boa absorção de alguns deles, melhorando a qualidade do funcionamento do organismo.

Ricos em minerais

Esses alimentos costumam apresentar alta gama de micronutrientes, entre eles, os minerais.

Os comumente encontrados na composição dos Nuts são:

  • cobre;
  • potássio;
  • magnésio;
  • manganês.

Ainda, podemos citar vitaminas, como E e algumas do complexo B.

Os minerais são importantíssimos para a manutenção do metabolismo, sustentando a quebra e construção equilibrada de tecidos, além de serem componentes estruturais desses tecidos em si e capacitores da ação antioxidante dentro do organismo.

Fonte de fibras

Os Nuts são caracteristicamente fibrosos. Seu conteúdo é alto em fibras, as quais são imprescindíveis para o bom funcionamento intestinal, melhorando a permeabilidade da mucosa intestinal e, portanto, a seletividade quanto ao que entra no organismo.

As fibras são de suma importância para o bom crescimento bacteriano nessa região e para o equilíbrio do trânsito do quimo ou do bolo fecal dentro do intestino.

Controle do nível de açúcar no sangue

A tal da glicemia (glicose presente no sangue) pode ter um aumento retardado, ou seja, mais lento devido ao consumo de nuts atrelado a alimentos com carboidratos de mais rápida absorção em sua composição.

Isso acontece devido ao seu alto conteúdo de gorduras e fibras, o que identifica o processo de quebra dos nutrientes para a futura absorção pelas células intestinais.

Além disso, suas boas gorduras melhoram o perfil de gorduras do nosso sangue, assim como o colesterol, o que pode melhorar nossa sensibilidade à insulina e, por consequência, a absorção da glicose sanguínea pelas células musculares e/ou hepáticas (do fígado).

Como inserir os Nuts na alimentação?

Os Nuts são ótimas opções para usarmos no dia a dia, principalmente em refeições intermediárias, aquelas que são entre grandes refeições, como café da manhã, almoço e jantar.

Entretanto, no café da manhã, quando nosso corpo acaba de levantar e o ambiente está mais estressante (afinal, precisamos disso para realmente despertar), seu consumo pode ser uma bela opção, seja através de uma pasta ou numa receita culinária.

Por serem de fácil manuseio e transporte, sua praticidade confere aos estudantes e trabalhadores o “snack” perfeito para pausas rápidas, como no ambiente empresarial ou no colégio, onde carregar várias malas não é lá muito viável, né?

Na ceia, caso você realize, adicionar uma pequena porção pode ser interessante, caso seja viável. No entanto, por via das dúvidas, consulte um nutricionista para melhor adequação das Nuts, assim como o estudo dessa viabilidade, no seu planejamento alimentar.