Que é possível perceber o aumento da procura por alimentos saudáveis, é. Mas você sabia que o Euromonitor, empresa inglesa renomada que realiza pesquisas de mercado, já cantou essa bola?
Em 2018, eles lançaram sua previsão anual para as tendências do ano seguinte, e o aumento da procura por produtos relacionados à saúde foi um ponto muito levantado.
Maria Marasque, Industry Manager na Euromonitor, disse: “Os consumidores buscam por produtos e serviços que tragam um bem-estar físico e mental, e também serviços personalizados que se adequam às suas necessidades nutricionais e escolhas alimentares.”
Desde então, o mercado de alimentação saudável só cresce. Em 2020, a Euromonitor identificou que a venda de produtos saudáveis havia atingido os 100 bilhões de reais no Brasil. Ou seja, esse mercado foi ainda mais impulsionado pela pandemia, e se manteve em alta, mesmo após o fim do lockdown.
Essa mudança de comportamento do brasileiro, que começou a focar em sua saúde e está disposto a investir nisso, é uma grande oportunidade de investimento. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising, negócios nesse segmento chegam a crescer até 20% por ano.
Ainda não foi convencido? Calma aí, temos mais motivos para investir:
- Novos nichos de consumidores
Antes da pandemia, os principais consumidores do mercado de alimentação saudável eram mulheres entre 18-30 anos. Agora, o leque se abriu bem mais e produtos nesse nicho são consumidos por todo tipo de pessoa.
Uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) apontou que 71% dos entrevistados preferem produtos saudáveis, mesmo que sejam mais caros.
Os entrevistados vinham de backgrounds bem diversos, então é possível perceber a diversidade nesse mercado.
- Maior faturamento
De acordo com a Euromonitor, o mercado de alimentação saudável cresceu 33% entre 2015 e 2020. A expectativa é que aumente mais 27% até 2025.
Com o fim da pandemia, os hábitos saudáveis foram mantidos, porém, a crise econômica ainda afeta o bolso de muitos consumidores. Entretanto, a tendência é a volta de um estado financeiro mais estabilizado a todos.
- Contribuição com a saúde de quem consome
Uma loja de produtos saudáveis é um facilitador para o consumidor que procura esse tipo de produto.
O lojista faz uma curadoria de produtos que considera de qualidade, saudáveis, saborosos, e o cliente final escolhe os produtos que agradam e que fazem sentido em sua rotina.
Ter uma gama de produtos em um só lugar é muito interessante para quem consome e é um dos fatores que poderá atraí-los até uma loja desse segmento.
Ok, mas se eu investir no mercado de alimentação saudável, qual será meu público final? Em quais tipos de produtos eu invisto? Existem produtos saudáveis diferentes, ou são todos iguais?
Calma aí. Assim como todos os outros, o mercado de alimentação saudável tem seus segmentos e cada segmento tem seu público-alvo específico.
É importante analisar alguns pontos, como:
- localidade;
- concorrentes;
- idade e renda média da região em que está localizada a loja.
Vale a pena realizar uma pesquisa mais a fundo para entender qual se encaixa mais com o seu modelo de negócio e qual seria mais rentável, dependendo da região, por exemplo. Assim é possível entender e se planejar de maneira mais eficiente com os investimentos.
Agora, confira alguns segmentos do mercado de alimentação saudável:
Alimentação fitness
Alguns exemplos de produtos consumidos por quem se interessa por uma alimentação fitness, geralmente pessoas dedicadas à academia, são:
- creatina;
- whey protein;
- comidas com alto teor de proteína.
De acordo com a IHRSA (International Health, Racquet & Sportsclub Association), o mercado fitness brasileiro faturou US $2,1 bilhões só em 2019.
Alimentação sem glúten
Apesar de existirem pessoas celíacas, ou seja, com alergia ao glúten, o mercado de produtos sem glúten abrange muito mais pessoas.
Devido a tendências de dietas recentes, o composto foi vilanizado e muitas pessoas o cortaram da sua rotina de alimentação.
Essa informação de que a “dieta do glúten não é saudável” é falsa, mas ainda sim, produtos sem glúten tem espaço bem grande no mercado.
Alimentação vegetariana
A última pesquisa realizada pelo Ibope determina que 14% dos brasileiros são vegetarianos.
Esse grupo não consome carne de nenhum animal, mas sim outros produtos de origem animal, como ovo e leite.
Produtos para esse público seriam hambúrgueres vegetarianos e marmitas vegetarianas congeladas, por exemplo.
Alimentação vegana
Em contrapartida, os veganos não consomem nada que tenha origem animal, além de não usar produtos e tecidos com a mesma origem.
De 2016 a 2021, o volume de buscas pelo termo ‘vegano’ aumentou mais de 300% no Brasil — tornando-o um mercado com muito potencial para crescimento.
Alimentação orgânica
Os alimentos orgânicos são aqueles produzidos com lista de ingredientes curta e limpa, ou seja, poucos ingredientes que sejam saudáveis e não ultraprocessados.
Segundo a Organis (Associação de Promoção da Produção Orgânica e Sustentável), o mercado de alimentação orgânica tem crescido a uma taxa média anual de 20% nos últimos anos.
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