Executivo analisando gráficos no tablet

Ser dono do seu próprio negócio pode ser extremamente imprevisível. Dá até saudade de ter horários fixos, férias remuneradas e plano de saúde, né? Muitas vezes é difícil saber como será o dia seguinte, como está a empresa agora e como estará mês que vem, ano que vem e por aí vai.

Bom, aí entram os super heróis dessa história: os indicadores financeiros. O nome parece complicado, mas eles são medidas numéricas e contábeis que indicam a situação financeira de uma empresa. 

Com esses números em mãos, o processo de tomada de decisão fica mais fácil, consciente e o lucro se torna mais tangível, além da possibilidade de aumento da lucratividade com a Psicologia dos Preços.

Quer conhecer os principais indicadores financeiros? Continue a leitura e veja como aplicá-los em seu negócio!

  1. Custo fixo

O custo fixo é a soma de todos os gastos contínuos e indispensáveis da empresa. Dessa forma, esses gastos são antecipados e os gestores da empresa podem se planejar para pagá-los todos os meses ou todos os anos. 

Alguns exemplos de custos fixos são:

  • matérias primas do produto;
  • serviços de limpeza e segurança;
  • salário e benefícios dos funcionários;
  • aluguel e manutenção de equipamentos.
  1. Custo variável

Custos variáveis são aqueles que são recorrentes, mas cujo valor varia de acordo com a produtividade ou receita do mês. Basicamente, quanto mais a empresa produz, maiores são os custos variáveis.

O contrário também é verdadeiro. O cálculo do custo variável é a soma de todos esses valores.

Ademais, é importante notar que quanto maiores os custos variáveis, menor a margem de lucro da empresa.

Ainda está meio no ar? Aqui alguns exemplos de custos variáveis:

  • comissões;
  • envio e embalagem;
  • mão de obra terceirizada;
  • taxas de cartão de crédito.
  1. Fluxo de caixa

O fluxo de caixa é determinado por meio de uma média dos meses anteriores, onde se calcula todas as entradas e saídas de recursos financeiros da empresa. Assim, é possível estimar o saldo de caixa para o período estimado.

Esse número é importante para o controle financeiro da empresa e auxilia na tomada de decisões. Existem 6 tipos de fluxos de caixa:

  • livre;
  • direto;
  • indireto;
  • projetado;
  • operacional;
  • descontado.
  1. Lucratividade e rentabilidade

A lucratividade é utilizada para checar se o dinheiro faturado será suficiente para cobrir os custos e gerar o lucro esperado.

Essa métrica associa o lucro líquido à receita total, resultando em um percentual que mostrará a eficiência da empresa em cobrir seus custos e capacidade de gerar lucro.

Cálculo da lucratividade: Lucratividade = lucro líquido / receita bruta x 100

A porcentagem gerada por essa conta te mostra a margem de lucro. Traduzindo: se a porcentagem for de 30%, por exemplo, a cada R$ 1 faturado, geram-se 30 centavos de lucro líquido.

Já a rentabilidade relaciona o lucro líquido com o valor investido, dessa forma, medindo o retorno de um determinado investimento. Esse indicador pode ser usado para verificar a rentabilidade de um novo produto, modelo de negócio, entre outros.

Cálculo da rentabilidade: Rentabilidade = lucro líquido / investimento no negócio x 100

A porcentagem resultada pela conta determina o retorno. Assim, se o resultado for 20%, por exemplo, a cada R$ 1 investido pela organização, ela tem um retorno de R$ 2.

  1. Ticket médio

O ticket médio é um indicador que calcula o valor gasto em uma compra. Ou seja, ele mostra quanto cada cliente gasta a cada compra no site, mais ou menos.

Esse número é calculado pelo valor de vendas totais dividido pelo número de vendas (ambos de um determinado período).

É possível calcular o ticket médio da empresa em um geral, de algum canal de venda, como um e-commerce e loja física, ou de alguma linha de produtos. Assim, com esse número em análise, é possível desenvolver novas estratégias que tenham o intuito de aumentar o ticket médio, assim elevando o lucro da empresa.

  1. Giro de ativos

Esse indicador é utilizado para medir se a empresa está fazendo bom uso de seus ativos. Estes seriam:

  • bens;
  • estoque;
  • investimentos.

O resultado do cálculo indica se os ativos estão gerando o maior capital possível. Esse número é necessário para a criação de estratégias que possam fazer a empresa atingir o máximo potencial de seus ativos e gerar mais riqueza.

Cálculo do giro de ativos: Giro de Ativos = Venda / Ativo Médio

Um indicador menor demonstra que existem ativos que não estão trazendo resultados. Assim, cabe a análise para identificá-lo e poder resolver essa questão.

  1. Market share

O market share é um indicador que leva os concorrentes em conta e mostra qual é a relevância da sua empresa em comparação a eles.

Em tradução livre, market share significa participação de mercado, ou seja, o quão grande é o espaço que você ocupa no seu setor.

Esse número é adquirido ao dividir o valor total de vendas (mensal ou anual) da sua empresa pelo total de vendas do setor (pelo mesmo período de tempo). O resultado da conta é uma porcentagem que indica a sua fração de mercado.

Existem dois tipos de market share:

  1. de valor: usa o valor de vendas para o cálculo;
  2. de volume: usa o volume de vendas para calcular a participação de mercado.

Conclusão

E aí, agora não tem mais desculpa para ficar perdidão! Daqui para frente é só sucesso, esse negócio será o mais bem planejado de todos.

Dizem que o segredo do sucesso é o planejamento, mas não pague pra ver, tome decisões inteligentes. Caso não confie na gente, confie na economia, nos indicadores. Os números não mentem, fé nos indicadores financeiros.

Não se esqueça de dar uma olhadinha no nosso post sobre Psicologia dos Preços, e maximize os lucros do negócio com alguns hacks infalíveis de venda!