Sustentabilidade nunca foi tão conversada ou disseminada como nos últimos anos. A crescente procura e adesão por esse estilo de vida estimulou que tal assunto fosse cada vez mais comentado.

A Linus é uma marca brasileira que traz muito da sustentabilidade para a sua cultura. Extremamente inovadores, eles desenvolveram a primeira sandália vegana de plástico do país e com isso, buscam levar aos seus clientes a experiência de provar calçados confortáveis, sustentáveis e muito atemporais.

São uma marca com propósito e demonstram isso em tudo o que fazem.

Quer conhecer mais sobre a história da Linus? Então confira a seguir nossa entrevista com a criadora da marca: Isabela Chusid!

E se você preferir, pode também escutar o áudio do episódio, no Naked Cast. Confira!

Entrevista

Já é um negócio de família?

“Sim, o meu irmão, como você já sabe, é um dos sócios da Naked e, também, é meu sócio aqui na Linus. Eu falo que dei uma porcentagem da empresa em troca de uma consultoria 24/7.”

Me conta sobre a sua história. O que te fez chegar à criação da Linus?

“Eu acho que a Linus surgiu por uma confluência de fatores internos em mim mesma. Eu já trabalhei em empresas de diversos setores e tamanhos, mas não me encontrava. Talvez soe meio clichê, mas não havia encontrado meu propósito.

Eu sempre fui uma pessoa muito relacionada com sustentabilidade, desde pequena. Quando eu tinha 4 anos, aprendi o que era reciclagem na escola e, por conta desse questionamento, um condomínio inteiro adotou a prática de reciclagem. Isso reflete muito na forma como tentamos trazer educação ambiental pelos canais de comunicação da Linus!

Eu sempre me questionei muito sobre aspectos da moda. Por qual motivo precisamos escolher entre comprar em uma marca cara, sem conhecimento da cadeia produtiva, ou comprar de uma marca de fast fashion, que tem preços acessíveis, mas vira e mexe tem escândalos, como trabalho análogo a escravo ou sem preocupação ambiental.

Entre 2017 e 2018, por conta de uma condição física, chamada hiperfrouxidão ligamentar, que não é nada grave, passei a sentir dores nos pés, mesmo realizando fortalecimento do joelho. Ao me consultar com um ortopedista, o mesmo disse que era por conta dessa condição que eu sentia tais dores e então, precisava utilizar calçados com ondulações, que promovessem conforto à minha pisada.

Mas eu sempre fui muito despojada, passava o dia todo descalça. Quando saía, usava um chinelinho de dedo e, caso quisesse estar arrumada, utilizava um vans, onde são todos muito retos. Logo, o médico indicou que eu usasse sapatos com sustentação para a planta do pé.

Ao checar as marcas do mercado, nenhuma indicava conforto, sustentabilidade e versatilidade. Somado a falta de propósito do trabalho e espírito empreendedor de família, foi quando decidi criar o produto que precisava.

Foi quase um ano entre ter a ideia e retirá-la do papel.”

Quantos anos tem a Linus? É super nova para o que já conquistou né?

“2 anos e 8 meses.

Tivemos uma aceitação de mercado incrível, por conta de conseguirmos resolver essa dor do cliente, por oferecermos conforto, sustentabilidade e beleza em um mesmo produto, da mesma forma que a Naked oferece pastas deliciosas, que matam sua vontade de comer doce, utilizando calorias do bem!”

Isso com certeza! A gente percebe que não precisa ofertar um ou outro, você pode ter os dois se quiser. Com base nisso, eu gostaria de entender melhor como vocês conseguem tratar a diferença entre sustentabilidade e veganismo, dois conceitos geralmente muito confundidos pelas pessoas, mas que vejo que vocês conseguem trazer com muita clareza na Linus.

“Esse ponto é muito relevante Gabi! Quando um produto é vegano, significa que nada tem origem animal ou é testado nos mesmos. Logo, um calçado vegano pode ser 100% a base de petróleo e zero sustentável.

Em busca de trazer essa comunicação, tentamos nos posicionar como uma marca sustentável, visto que é possível abranger um público maior e menos dicotômico, como no caso do público vegano, uma vez que você é ou não é. Ao ser sustentável, você pode estar em diferentes fases dessa caminhada.

Portanto, tudo parte de uma premissa básica aqui na Linus: ser o mais sustentável possível!

Prezamos muito pela sustentabilidade e buscamos ser o mais disruptivo nesse aspecto. Além de sermos a primeira marca de sandálias vegana de plástico do Brasil, nossas sandálias são 100% recicláveis, livres de metais pesados e 70% delas é de fontes renováveis (onde todos os plastificantes são de origem vegetal). Devido a isso, ainda temos um leve percentual de petróleo em nossa composição, que é o que mais tentamos batalhar contra para diminuir em nosso processo produtivo.

Vale ressaltar que é possível associar tanto o lado sustentável com o vegano, mas nem tudo que é sustentável, é vegano e vice-versa.

É um produto que, para ser sustentável, idealmente precisa ser para todo mundo, então buscamos trazer da forma mais acessível possível.”

É outro propósito que fica por trás da marca. É importante pensar na sustentabilidade não só do ambiente, mas da cadeia de produção também!

“A Linus é uma marca DNVB (sigla em inglês para “marca nativa digital”), onde seguir esse modelo de negócio nos permite cortar intermediários na cadeia, o que viabiliza chegar num menor valor total, pois cuidamos desde a produção até a venda para o cliente final.”

Uma coisa que fez toda a diferença para vocês é que desde o início, vocês criaram a Linus pensando no contexto da sustentabilidade e não passaram a ser sustentáveis apenas após a criação e estabelecimento da empresa, como muitas empresas tiveram que fazer.

“Com certeza! Eu costumo utilizar uma metáfora a qual deixa muito didático isso que você mencionou: ‘É mais fácil fazer uma curva com uma prancha de surfe, do que com um transatlântico’. Isso elucida que é mais fácil para uma empresa que nasce e constrói sua cadeia produtiva desse processo, do que outras que não. Por exemplo, nós buscamos fazer compensação de todas as emissões de CO2 (gás Carbônico), para que sejamos caracterizados como uma empresa carbono neutro. Logo, nosso fluxo de caixa já cresceu preparado para isso, enquanto uma empresa gigante, com uma cadeia gigantesca, tem um processo de transformação bem mais difícil.”

Concordo! E Isa, fiquei sabendo que vocês inauguraram a primeira loja física de vocês. Como foi esse processo de transição?

“Nascemos como uma marca nativa digital, mas não estamos restritos a esse meio. Abrimos uma loja conceito em nosso escritório, aqui na Joaquim Antunes, 601 – Pinheiros.

A Linus preza muito pela experiência do cliente e sentimos que as pessoas buscam cada vez mais essa vivência offline de provar e sentir o calçado. Neste espaço muitos também passam a nos conhecer, o que o torna um grande canal de conscientização e awareness da marca, mais até do que de venda.

Ele é um espaço muito rico e em uma região muito privilegiada de São Paulo, gostamos de chamá-lo de ‘Casa Linus’.”

E quais seriam os próximos passos que você vê para a Linus?

Bom, estamos em algumas plataformas de e-commerce como a Amaro e a Kibich, mas o nosso foco não é ganhar capilaridade em diversos canais diferentes e sim, ganhar visibilidade. Neles, estamos investindo em construção de marca e agora, visamos ampliar nossas vendas em lojas físicas pelo Brasil e no exterior. Tudo isso, no intuito de expandir cada vez mais.

Além disso, teremos alguns lançamentos até o final do ano e nosso grande próximo passo é posicionar a Linus como uma marca de estilo de vida sustentável, pois acreditamos que isso pode estar presente em nosso dia a dia de diversas formas!

Conclusão

A Linus busca expandir cada vez mais sua visão e propósito no Brasil e no mundo, firmando-se gradativamente no mercado e na entrega de um estilo de vida sustentável.

Junte-se à eles em sua página do Instagram, em @use.linus e descubra mais sobre os próximos passos da marca.

Até a próxima!